Wesley Faria
Olha só para nós, quem diria,
Continuamos nessa guerra fria,
Eu e minha poesia.
Quem diria que minha pena se tornaria canhão de poema,
Quem diria que minha educação se tornaria resquicio da solidão, Quem diria que o padrão não me chamaria atenção.
Olha só para nós, sorrindo aos berros em um mundo de melancolia, luz forte para quem já não via,
Quem diria que depois de tanta guerra, depois de tanta terra, depois de
tanto peito rasgado e choro largado teria somente minha poesia, quem
diria.
Sagrada poesia, quem diria,
Os versos da face não são tão doces quanto os teus,
Os velhos amigos não a lêem como eu,
Sob a tenda vermelha de um sangue hebreu,
Olhos profundos como a oração de um ateu,
Alí, logo alí, bate um coração com amarradas asas,
Na janela fechada, bem no meio da casa,
Apagando seu rosto em meio a tanta fumaça,
Um peito descansa sorrindo seu choro de brasa.
Que pena que seja poema,
Quanto ao poesia, quem diria
Continuamos nessa guerra fria.
Sagrada poesia, quem diria,
Os versos da face não são tão doces quanto os teus,
Os velhos amigos não a lêem como eu,
Sob a tenda vermelha de um sangue hebreu,
Olhos profundos como a oração de um ateu,
Alí, logo alí, bate um coração com amarradas asas,
Na janela fechada, bem no meio da casa,
Apagando seu rosto em meio a tanta fumaça,
Um peito descansa sorrindo seu choro de brasa.
Que pena que seja poema,
Quanto ao poesia, quem diria
Continuamos nessa guerra fria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário